quarta-feira, 16 de março de 2011

Personas


Persona. Este termo pode não ser muito comum a muitos de nós, mas durante a grécia antiga, berço de toda sabedoria, ele era utilizado para denominar as máscaras que os atores utilizavam para representar os diferentes papéis nas peças teatrais. Nos dias atuais o eco remanescente destas máscaras se baseia nas duas máscaras que tão bem caracterizam o mundo teatral: uma sempre triste e outra sempre alegre.
No entanto, quero dar enfoque ao termo em sua forma junguiana, ou seja, a persona como personagem psíquico. Na piscicologia encontramos a afirmação de que assumimos diferentes papéis ao longo da vida. Por exemplo: se estudamos, assumimos o papel de estudante; se somos pais, assumimos o papel de pais; e assim por diante.
Munidos que estamos desta informação, vem então os questionamentos: quantos papéis desempenhamos? por quais motivos? por quanto tempo? será que ao desempenharmos um papel nos desligamos de outro ou desempenhamos múltiplos papéis ao mesmo tempo?
Diante disso, surge uma questão mais intrigante: será que não vivemos em um mundo de máscaras, e será que este conceito de persona ou representação de papéis não nos faz ter um conceito mutante, falso, irreal? Afinal de contas, ninguém acorda pensando: quais as máscaras que vou vestir? No entanto, o conceito torna-se assustadoramente verdadeiro quando nos damos conta de que nossa persona pública difere da nossa privada.
Afinal, será que todas estas personas juntas é que formam o indivíduio ou será que o ser humano é muito mais do que um conjunto de máscaras?
Os questionamentos são inúmeros e podem ser relevantes para alguns e completamente inúteis para outros. Com certeza, existirá quem diga: e daí se adotamos máscaras ao longo da vida ou do dia? Outros, espero eu, talvez me levem a sério e se questionem também os seus papéis, as suas personas, e queiram, assim como eu, adotar uma persona mais sincera, mais corajosa, mais social e, com certeza, mais feliz.

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